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Publicado em 12 de junho de 2025

A transição energética rumo a um modelo mais limpo, eficiente e sustentável passa, inevitavelmente, pelas redes inteligentes, ou smart grids. Essa inovação tecnológica representa um avanço estratégico no setor elétrico, promovendo o uso inteligente da energia, a integração de fontes renováveis e o fortalecimento da infraestrutura energética frente aos desafios do futuro.

Neste artigo, exploramos o papel fundamental das redes inteligentes na transformação do sistema elétrico global, os benefícios diretos dessa tecnologia, como as empresas estão se preparando para essa realidade e como o Instituto Atlântico se posiciona como agente ativo dessa revolução por meio de soluções em Inteligência Artificial (IA) e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

O que são redes inteligentes e por que são o futuro da energia?

Redes inteligentes são sistemas avançados de transmissão e distribuição de energia que utilizam sensores, medidores inteligentes, comunicação em tempo real e tecnologias digitais para gerenciar, monitorar e otimizar o fluxo de eletricidade de forma eficiente e adaptável.

Segundo a CEMIG, as smart grids permitem integrar diferentes fontes de geração – como solar, eólica e hidrelétrica – de maneira coordenada e responsiva. O monitoramento em tempo real do consumo, aliado à capacidade de detectar e reagir a falhas instantaneamente, contribui para um fornecimento mais estável e para a mitigação de perdas técnicas e comerciais.

Com a expectativa de uma adoção em larga escala até 2030, as redes inteligentes vêm sendo impulsionadas pelo avanço de tecnologias emergentes como Big Data, Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial, que tornam o sistema cada vez mais autônomo, preditivo e resiliente.

Como as redes inteligentes transformam o sistema elétrico?

A implementação de redes inteligentes traz benefícios tangíveis tanto para as operadoras quanto para os consumidores. A seguir, destacamos os principais impactos dessa tecnologia:

1. Eficiência Energética

Ao permitir uma gestão mais precisa da geração e distribuição de energia, as redes inteligentes reduzem o desperdício e melhoram o desempenho operacional. A análise contínua dos dados coletados possibilita decisões mais rápidas e assertivas diante de oscilações de demanda ou falhas.

2. Integração de Fontes Renováveis

Fontes como a solar e a eólica são intermitentes, o que representa um desafio técnico à sua integração na matriz energética. As smart grids viabilizam o armazenamento de energia excedente e sua redistribuição conforme a necessidade, promovendo uma matriz energética mais limpa e equilibrada.

3. Resiliência e Segurança

Com a capacidade de identificar e isolar rapidamente falhas na rede, as redes inteligentes fortalecem a segurança do sistema e diminuem a vulnerabilidade a eventos climáticos extremos, sobrecargas ou ataques cibernéticos.

4. Qualidade do Serviço

A digitalização e os medidores inteligentes oferecem dados detalhados de consumo, permitindo que as distribuidoras ofereçam tarifas mais justas e personalizadas. Isso fortalece a relação com o consumidor final e melhora a gestão da demanda.

Como as empresas de energia estão se preparando para esse novo cenário?

A revolução digital no setor elétrico já está em curso. Empresas como a EDP estão investindo em tecnologias digitais, medidores inteligentes, sensores e sistemas de automação que tornam a rede mais dinâmica e responsiva.

Além dos investimentos em infraestrutura, o setor tem buscado parcerias com centros de pesquisa, universidades e startups como forma de acelerar o desenvolvimento de soluções inovadoras. A digitalização tem se mostrado essencial para uma operação mais eficiente e sustentável, com ganhos em controle, previsibilidade e transparência.

O movimento de transformação digital não se limita à adoção de tecnologia. Ele inclui também o desenvolvimento de competências humanas e novos modelos de negócio que valorizam a sustentabilidade, a inovação aberta e a descentralização da geração.

Inovação e inteligência: a chave para um sistema elétrico mais sustentável

O sucesso da transição para redes inteligentes depende diretamente de investimentos estratégicos em inovação tecnológica. As empresas do setor elétrico que buscam protagonismo no futuro devem considerar três pilares fundamentais:

1. Infraestrutura Digital de Ponta

A instalação de medidores inteligentes, sensores, sistemas de gestão em nuvem e plataformas de análise avançada é o primeiro passo para o desenvolvimento de redes elétricas autônomas e interconectadas.

2. Ecossistemas de Inovação

A colaboração com ICTs (Instituições de Ciência e Tecnologia), como o Instituto Atlântico, permite o acesso a soluções de ponta e o fortalecimento de redes de conhecimento em torno da digitalização e da sustentabilidade energética.

3. Capacitação e Cultura Digital

Preparar profissionais para atuar em um cenário mais tecnológico e multidisciplinar é crucial. Programas de formação contínua e capacitação técnica em áreas como IA, IoT e ciência de dados serão diferenciais competitivos.

O papel do Atlântico: IA e Inovação a serviço do setor elétrico

O Instituto Atlântico, enquanto ICT referência nacional, tem desenvolvido soluções tecnológicas que apoiam empresas e governos na transformação digital de setores estratégicos como o de energia.

Por meio do laboratório ALIA (Laboratório de Inteligência Artificial do Atlântico), o Instituto atua na criação de algoritmos avançados que tornam a rede elétrica mais inteligente, sustentável e resiliente. As soluções incluem:

  • Previsão de demanda energética com IA e aprendizado de máquina;
  • Sistemas de detecção autônoma de falhas na rede;
  • Otimização de distribuição com base em dados em tempo real;
  • Integração inteligente de fontes renováveis e sistemas de armazenamento.

O ALIA integra conhecimento multidisciplinar em engenharia, ciência de dados e computação para desenvolver tecnologias aplicáveis e escaláveis. Com forte atuação em P&D, o Instituto Atlântico se posiciona como um parceiro estratégico para empresas que desejam liderar a transição para redes mais inteligentes e sustentáveis.

As redes inteligentes são mais do que uma tendência tecnológica — são uma resposta necessária aos desafios energéticos e ambientais do século XXI. Elas representam a convergência entre tecnologia, sustentabilidade e inovação, promovendo um sistema elétrico mais eficiente, seguro e preparado para o futuro.

Para enfrentar essa transformação, é essencial que empresas de energia invistam em infraestrutura digital, inovação colaborativa e capacitação. O Instituto Atlântico, com sua expertise em Inteligência Artificial e inovação, está pronto para colaborar nesse avanço, contribuindo com soluções que colocam o Brasil na vanguarda da energia inteligente.

Fontes: