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Como usar o blockchain para sistemas de medição em redes inteligentes?

16/11/2018 | Por admin

Blockchain é uma tecnologia que tem ganhado protagonismo em diferentes setores do mercado. Tendo começado a se destacar junto às criptomoedas, não demorou para que despertasse a atenção de empresas de outros segmentos interessadas na segurança virtual e na flexibilidade propiciada pelo seu modelo de funcionamento.

Essa solução também possibilita o registro e a distribuição de dados de transações, que são feitas de maneira descentralizada. Portanto, exclui-se a necessidade de se contar com uma entidade validadora ou uma parte confiável que facilita as interações digitais.

Para entender o potencial dessa solução, saiba que, de acordo com dados da IDC, os gastos no mundo com blockchain podem atingir US $ 11,7 bilhões em 2022. Isso mostra o quanto empresas estão dispostas a investir nela em busca de seus benefícios.

Nesse caso, vale destacar que organizações que usam sistemas para medição de redes inteligentes também podem obter vantagens com essa tecnologia. Quer saber mais sobre como isso é possível? Continue lendo e veja o que preparamos!

O que é o blockchain?

Blockchain é uma tecnologia que usa técnicas exploradas por autores no passado, tendo sido popularizado por um artigo escrito por Satoshi Nakamoto, em que sugeriu um sistema financeiro descentralizado. Nele, também foram propostas técnicas que acabaram se popularizando e receberam o nome de “blockchain“.

De modo resumido, nessa solução têm-se um banco de dados imaginário e distribuído, contando com “nós”, pontos que integram uma rede de computadores, em que a base de dados é replicada para cada deles.

Nessa base, há a gravação de todos os registros de ações que ocorrem na rede, em blocos. Além disso, existe um processo de validação para cada novo acontecimento, empregando criptografia, cálculos e algoritmos para verificar sua autenticidade. Ao final do processo, os blocos com informações sobre as ações novas são “fechados” e registrados na rede blockchain.

Vale destacar que os registros podem ser checados por quem usar ou acessar o sistema. Para que ocorra uma inclusão, exclusão ou outro tipo de alteração nos dados, é preciso consenso sobre dados e assinaturas entre os “nós”, para que a operação seja validada.

Em virtude de seu modo de funcionamento, blockchain se mostra seguro, especialmente por conta da cadeia de blocos. Cada um deles tem um número baseado nas suas informações, fazendo uma referência ao bloco anterior — porque ele também traz para dentro do seu bloco o “resto” do bloco anterior.

Caso alguém tente alterar o valor de um deles, esse acaba invalidando os demais. Logo, o indivíduo que tentou essa modificação precisará fazer todo o processo de validação dos outros blocos. Em termos computacionais, hoje o sistema é extremamente difícil de ser fraudado por causa desse mecanismo.

Em que áreas tem sido empregado?

Blockchain começou a ser empregado no mercado de criptomoedas, como o Bitcoin. Após isso, passou a ser usado no setor bancário para transações e operações financeiras. Bancos grandes, como Itaú, Santander e Bradesco já desenvolvem soluções blockchain.

Blockchain também pode ser aplicada em pesquisas científicas. Outro uso dessa tecnologia está na cadeia de fornecimento, havendo tendência de se utilizá-la no setor elétrico. As companhias de energia elétrica têm demonstrado interesse em abrir oportunidades para desenvolver projetos com blockchain.

Como pode ser usado para sistemas de medição em redes inteligentes?

Quando falamos de redes inteligentes, nesse caso estamos falando em Smart Grid. Para entender seu conceito, saiba que ele envolve trazer tecnologia da informação e telecomunicações para dentro do ambiente do setor elétrico.

Hoje, o sistema tradicional utilizado pelo sistema de energia elétrica é complexo de manusear e operar, pois tudo é muito mecânico. Vários processos são difíceis e dependem, inclusive, de operações manuais. Por outro lado, a Smart Grid gera flexibilidade para se executar diversas operações automatizadas, até mesmo as operações remotas.

Podemos dizer que o “coração” da Smart Grid são os Smart Meters (medidores inteligentes). Com eles, é possível monitorar dados em tempo real e situar algumas ações, como corte de religação de energia (de forma remota) e monitoramento da própria carga a ser consumida por determinada região. Isso porque esses dispositivos facilitam essas atividades.

Ao trazer tecnologia da informação para dentro desse ambiente, gera-se tráfego de dados na rede. Isso abre brechas para que esse novo sistema sofra ataques cibernéticos. Por exemplo, um cibercriminoso pode pegar um dado da empresa e fraudar. Também pode usar um dispositivo não autorizado para atuar dentro da rede e fazer uma simulação não autorizada ou mesmo aplicar um golpe.

Nesse caso, o blockchain torna-se fundamental por conta da segurança que propicia. Também vai além dos processos de sistemas de medição, já que pode ser aplicado em várias funções dentro do setor elétrico.

Por exemplo, já existe na Europa, especificamente na Alemanha, o emprego de uma rede envolvendo blockchain para compra e venda de energia, que tem por base a rede do Ethereum — uma criptomoeda. Isso é feito de forma automatizada.

Quais os objetivos e vantagens dessa solução em medição de energia?

No caso da medição de energia, o blockchain também é importante. Isso porque gera mais segurança, envolvendo, inclusive, mecanismos antifraude.

Como os dados da blockchain são difíceis de serem fraudados, garante-se uma maior proteção dos dados que são gravados no sistema de medição. Existem ferramentas — como o Hyperledger e o Corda — que podem implantar uma blockchain privada, ou seja, dá para definir quem terá acesso a essa rede e manipular seus dados. Tudo isso é feito de uma forma bem segura.

Nesse aspecto, o blockchain ainda pode ajudar a manter a integridade dos dados. Outro ponto igualmente importante é a rastreabilidade. Afinal, dá para rastrear como determinado dado foi registrado e quando foi atualizado — tudo de forma mais legível para quem está monitorando os dados no sistema. Isso colabora no controle dos dados e de quem pode atuar na rede.

De modo resumido, podemos dizer que o blockchain vai além dos sistemas de medição. Além da segurança, é possível imaginar várias possibilidades para ele no setor elétrico, como no lançamento de carga e na já mencionada compra e venda de energia. Uma última dica: se desejar implementá-lo em sua empresa, lembre-se de buscar a ajuda de uma consultoria especializada na área que possa atuar como uma parceira tecnológica.

Se tiver dúvidas ou quiser saber informações mais aprofundadas sobre como empregar blockchain em um sistema de medição em uma rede inteligente, entre em contato com nossa equipe!

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